sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sexta feira corrida...

Confesso que, desde que o meu irmão foi preso por tráfico de drogas ( sim...tenho um irmão preso por esse delito ), venho revendo muito os meus conceitos em trabalhar um dia na área investigativa, na denuncia de casos como este. Opa!!! Se pensam que desisti das denuncias, das cobranças das autoridades em relação a este e outros tipos de crimes só porque tenho um parente preso, enganam-se.
Cada vez tenho mais certeza do que quero e do que pretendo fazer um dia.

Amanhã é dia de visita-lo. Minha cunhada não poderá ir. A coitada está muito mal, gripada e mal consegue falar. Até brinquei com ela pra tomar cuidado com a gripe suína. Quer dizer, brinquei não, alertei, por que no fundo sabemos que a epidemia já é realidade. E engana-se quem ainda pensa que para se contaminar é preciso sair pra fora do Brasil, em viagens. A doença já está aqui.

Bem, voltando ao caso do meu irmão, amanhã irei visita-lo. Na verdade, fazem algumas longas semanas que não vou até ele. E de verdade, vai ser muito bom. A saudade aperta pra caramba. Mesmo contrariando algumas pessoas aqui fora, vou me aventurar nas filas do Centro de detenção provisória de Suzano. E vou falar a verdade para vocês: Eu, de alguma forma, me identifico com tudo isso. Isso mesmo. De alguma forma, tem algo que me "satisfaz" nessa coisa toda.

Hoje provavelmente trabalharei até umas 23.00/23.30 hs. Vou chegar em casa, tomar um banho legal e...vou pra cozinha preparar o almoço que vou levar amanhã para meu irmão. Opa...Eu não disse no post anterior que não sou bom cozinheiro? Claro que não sou...Mas se esqueceram que mencionei também que um certo senhor acha que tem coisas que nascemos com o dom? No meu caso, acho que estou aprendendo a cozinhar da forma mais cruel. Bom, vocês se lembram ainda que segundo "aquele" senhor, jornalistas ( ou futuros ) e cozinheiros ( futuros também ? ) são a mesma coisa, ?
Ah, e nem conto pra vocês que amanhã, exatamente amanhã, as 08.00 hs acontecerá uma palestra/reunião na empresa que eu trabalho. Dizem que é uma palestra sobre excelência profissional. Infelizmente não estarei presente. Digo isso porque, na boa, tinha muito o que falar. Muito mesmo. Mas...

Bem, pessoas, como ainda estou em horário de trabalho, encerrarei por aqui o meu post de hoje...até amanhã, quando postarei com certeza algo a respeito da minha visita ao meu irmão.

Grande abraço, valeu e não esqueçam de comentarem, ok???

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ser jornalista ou cozinheiro, eis a questão...




Salve, salve, meus amigos e minhas amigas. Utilizarei este espaço esta semana para refletir sobre o que presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, vomitou sobre os jornalistas. Digo vômito porque fico enjoado só de olhar para a cara daquele sujeito. Ele comentou algo assim: “Os jornalistas são como cozinheiros, temos aqueles gourmets formados em cursos de culinária e temos aquelas pessoas que possuem o dom, mas que não possuem formação técnica, os jornalistas são como eles”, disse Mendes.
Depois que a decisão foi tomada pelo STF, fui chamado tantas vezes de cozinheiro que acho que sou dono de algum restaurante. Fico me imaginando no meu trabalho diário como assessor de imprensa no momento de lançar uma matéria para os veículos de comunicação. “Escuta, estou mandando uma quentinha aí para vocês, cuidado para não se queimar com as novidades”. É isso aí, gente, vamos transformar a nossa linguagem! Na reunião de pauta de um jornal, o diretor aponta para o jornalista: “Tenho um cardápio de opções aqui interessante, preciso que produza um belo prato para gente jogar na capa de um jornal”. O jornalista responde: “Preciso consultar com as fontes para ver qual o tempero que poderia inserir na matéria para gerar mais impacto”. Outro diretor de redação solta: “Vamos cozinhar o quê hoje”? Algum cozinheiro devolve: “Nós podíamos entrevistar o pai dos maitres para apimentar um debate em torno da nossa existência, aquele que nos inventou: o Gilmar Mendes”. Daqui a pouco, meu assessorado vai me pedir assim: “Esquenta aquela matéria para mim e deixa a outra esfriando”. E olha que como sou uma lástima na cozinha, nem poderei proferir a frase: “Como cozinheiro, sou ótimo jornalista”. Agora tudo é igual! Pensemos no momento de uma cobertura, o jornalista ou o cozinheiro escuta: “Faça uma cobertura para mim lá no restaurante popular no dia do trabalhador”. O repórter de tão confuso chega ao local, entra no restaurante e providencia a sua cobertura, a de chocolate no bolo de cenoura. E a coletiva? Vamos participar de uma coletiva para entrevistar o técnico da seleção brasileira. “Atenção cozinheiro, experimente a melhor fala do Dunga para tentarmos espremer algo que dê para ingerir no nosso jornal”! A manchete do jornal, aquela que chama o leitor para se aprofundar na notícia passará a ser chamada de receita. Dependendo da receita, a gente faz e engole, outras dão a maior congestão. Por exemplo, tenho lido: “Senado está recheado de escândalos”. Epaaaa, mas não fui quem recheou isto não, não tenho nada com isso. Já li também. “Sarney engole sapos depois de várias marmeladas do Senado”. Volto a dizer, não sou especialista em carne de rã e também não gosto muito de doce. Ser cozinheiro ou ser jornalista, eis a questão, mas confesso que depois que o presidente do STF mandou essa, até eu mesmo me confundo. Depois dessa do Mendes, minha mãe fica lá em casa: “Meu filho, você precisa aprender a cozinhar”! Aí eu respondo: “Mas mãe eu cozinho todo dia sobre a imagem do deputado”. Sinceramente, é muito louco isto. Os jornais e sites que escrevo já mandaram dizer que agora não sou mais colunista. Eu sou o mais novo entregador de pizza, porque cá para nós, cozinhar não é meu forte, então o dono do restaurante me empregou para entregar pizza. Só lá no Senado, eu já entreguei umas 500. Alguém quer uma pizza de marmelada?