terça-feira, 4 de agosto de 2009

"POLÍCIA PARA QUEM PRECISA"...


Confesso que pouquíssimos filmes tem chamado minha atenção a ponto de ir aos cinemas assisti-los nos últimos anos. Porém, de verdade, nesse período todo, dois filmes me atraíram por demais. Por curiosidade, prazer, afinidade. Para alguns, são taxados de filmes trash, lixo e afins. Eu, já os achei muito bons. Bons porque de alguma maneira, despertaram ainda mais minhas vontades e desejos em relação a denuncia, marginalidade e todos os adjetivos possíveis relacionados.

O primeiro, foi Tropa de Elite. Muito bom. Adorei. Um filme real. Verdadeiro. Pouco sei sobre o BOPE, do Rio de Janeiro, mas gostei muito do que vi. Corajosos, essa segmentação da policia carioca, que adentra os morros da cidade e vai até aonde outras autoridades não conseguem ou são impedidas de irem, a não se que tenham "autorização" dos "donos" dos morros. Impressionante, porém necessária esta coação junto aos marginais. Assim funciona. Assim caminha a humanidade.

O outro, não menos corajoso, porém meio "cópia" do primeiro, é o paulistano Rota Comando. Senti aí um leve rivalidade ( novamente ) entre paulistas e cariocas. Um filme que mostra o dia a dia nas ruas, de como a temida Rota age, aborda e mata. É. Mata. Um dos lemas deles, pelo que entendi no filme, é trazer o bandido, não importa se morto ou vivo. Isso é o menos importante.
Gostei. Porém, a Rota também mostra o lado falho de uma polícia que se diz a mais ousada quando o assunto é bandidagem. Confesso que gostei, mas também me assustei, por exemplo, na cena em que é anotada uma placa de um veículo roubado e abordagem feita pela Rota. E depois, quando se descobre que a placa estava anotada errada e o abordado era inocente. Tensão. uma ração qualquer do suspeito e...morte... na certa ( é melhor eu tomar cautela com o que escrevo. Vide caco Barcelos e seu Rota 66 ).

Esse negócio de "traga" a cabeça do bandido para o quartel, me assustou, de verdade. Já fui parado por diversas vezes por esta policia, o que rendeu algumas reclamações na corregedoria do Tobias de Aguiar. Exatamente pela forma como fui abordado e de como foi conduzida a revista.
Vendo esse filme, senti por parte dos policiais um mixto de orgulho, abuso de poder, respeito e não respeito pela população. E olha que tenho motivos de sobra para pensar o pior, heim?

O importante é que, tanto o Bope quanto a Rota e demais policias existentes nesse país estão aí, para ajudar, colaborar, mas acima de tudo e principalmente, PROTEGER toda uma população que de alguma forma necessita e depende da segurança que eles podem proporcionar. O difícil é saber exatamente quando o lado do mal e do bem não invertem os papéis ou não estão trabalhando em parceria. Mas fica a dica: "Confie". E em caso de dúvidas, peças socorro, denuncie. A violência pode até matar, mas o silêncio e a falta de punição, mata muito mais.

Abraços e até mais.
Valeu.